terça-feira, 30 de junho de 2015

curtas

Ouvir os filhos a "brincar aos adultos" pode ser um bocado assustador. Quando mimetizam situações de stress, uma pessoa fica ali uns segundos na expectativa de os ouvir a reproduzir as barbaridades que, às vezes, damos por nós a dizer-lhes tongue emoticon
Para já, tenho suspirado de alívio, parece que têm bons filtros

tudo ao molho

uma página que não se percebe muito bem o que é, tendo como apresentação a seguinte mensagem «Somos por uma educação centrada na individualidade de cada ser que, promova a autonomia, criatividade e cooperação entre pessoas e em amor com a Natureza.», sem outros dados, tendo como imagem de "cover" uma daquelas citações erradamente atribuídas, não inspira muita confiança, mesmo sendo "pelo coração"

curtas

portanto, tenho dois filhos mas quem fica de castigo porque não deixa os outros brincar... é o gato squint emoticon
«oh, mãe, o Manji está a roubar-nos os brinquedos outra vez!"
«oh, mãe, o Manji está deitado em cima dos brinquedos outra vez!"
«oh, mãe, o Manji passou por cima dos brinquedos outra vez!"
and so on
^.^

curtas

Eu diria que é um exagero a quantidade de ovos e coelhinhos de chocolate que os meus filhos receberam. Diria mas não digo

Ainda Abril

Há um ano comemorávamos. "Só nós" foi o único desejo dos meus pais para festejar as suas bodas de ouro. E foi lindo. 50 anos de união é obra feita.
Hoje, enfim, hoje resta-nos apenas recordar. Recordar é pouco, não chega. Nada chega para ocupar uma ausência que ocupa tanto espaço.

Tanto e tão pouco e outros dias


(peças não tão soltas assim)
# o filho diz que vai dormir no céu quando vê que virei o edredon para o lado com estrelas
# o filho diz que se encontrará com o avô, lá no céu, durante o sono
# uma canção cujas primeiras palavras perdem a inocuidade porque me levam para as 4 da manhã da malograda madrugada de Dezembro
# pedir ao filho que diga ao avô que tenho saudades dele (e que lhe entregue um beijinho meu)
# pensar no que devia importar mais e desejar que abolissem os tpc
# o filho que aponta uma estrela do edrdeon e me descansa, que sim, que entregará a mensagem ao avô e aponta de novo a estrela “é ele” diz, em sussurro
# confirmar certas crenças e desejar que abolissem as provas nacionais
# assistir ao clube de leitura na escola e sentir as lágrimas correr pela face, voluntariosas lágrimas
# no dia seguinte, o filho diz “ah, é verdade, estive com o avô este noite e ele disse que também tem muitas saudades da filha dele e manda um beijinho”
# pensar na compaixão, e voltar a pensar (arrumar e desarrumar ideias, sempre)
# e completa “ele também tem muitas saudades da avó Bia”
# e eu penso que algo só pode estar certo neste momento, não obstante a tal madrugada que modificou a canção
# a expressão “cuidar dos vivos”

curtas

O meu filho a ver desenhos animados e a tentar ler os genéricos e a fazer, em silêncio, sinal de "thumbs up" ou a cerrar os punhos, conforme a cena corre bem ou mal, é heart emoticon

pai

o meu pai partiu
algumas canções mudaram para sempre



Getting close by going far away
Going far by staying here
To the kind of place
Where loneliness ‘s travelling best
Leaving ill and well alone
If all fails
All fails
Let the clock strike upon this resting hour

For now
For now
Leaving point despair
Leaving point hope

Getting lost to find a way back home
Getting back by letting go
Make another thought fall
In the flow of things
And death is just a breath away
But so is life
Saying this, but knowing not
Which scares the most

For now
For now
Leaving point despair
Leaving point hope

Whatever worry
running through the veins
When you go, we go
Whatever worry
Raise the flair
When you’re there
You’re there
Getting close
Abandoning point home
Leaving point despair
Looking up from the rush of things
in the point of life
that is now
a point of life
Adoro animais. Quando era miúda, havia quem me chamasse "Maria dos cães", na minha rua, porque andava sempre com uma matilha de cães vadios atrás de mim. Adoro o meu gato, gosto mais dele do que de muita gente. Tenho dito, é verdade. Chorei que me desunhei de cada vez que me morreu cada um dos companheiros de 4patas que já tive. E não me venham cá com histórias da longevidade do meu Manjerico que eu não quero saber: vamos morrer juntos, muito velhinhos.
MAS deixemo-nos de m*rd*s, um cão não é o mesmo que uma criança
Este vídeo é simplesmente estúpido. É uma ofensa a crianças - pessoas, que já passaram pelo drama do abandono. Idiotas. Misantropos de m*rd*!
E, já agora: não sou daquelas pessoas que desconfia de quem não gosta (aprecia) animais e vice-versa.

curtas

Tenho amigos que se queixam dos filhos não falarem, de não dizerem o que se passa na escola, etc. É bem certo que os meus ainda não chegaram à idade do armário e eu sei que um dia vou ter saudades do tempo em que me contavam tudo. Mas também não é preciso exagerar. São tramelas como a mãe, não sabem fazer resumos tongue emoticon
Reparem, à mesa, o pai conta qualquer coisa sobre o seu dia, depois a irmã, ao que ele pergunta se queremos saber como foi o seu dia. Respondemos que sim. E ele começa:
- Então, de manhã, começámos por escrever a data, depois escrevemos o sumário...

dia da criança

(post pouco ortodoxo para o dia da criança)
eu (indisposta à custa dos abusos de fds): não consigo almoçar, acho que vou fazer um chá de limão
filho: e se fosse um gin, mamã?

dia da criança

Das coisas que nos povoam o pensamento - nós, aqueles cujo pensamento tem caminhos paralelos para sobreviver a ausências: Hoje, o meu pai teria perguntado à minha mãe «o que é que compraste para dar aos meninos?».

«E esta música diz o quê, mamã?»

erm...

e damos por nós

e damos por nós a olhar para o lado e a perceber onde encaixam as peças
e conformamo-nos
com os dias inacabados,
com os planos que ficam pelo caminho,
com palavras fora do sítio, com o que não foi feito no início deste mundo
e com o que foi feito sem contar, sem sonhar, sem querer
e com o mundo que ficou pelo caminho e que não pudemos embalar
porque o que paira no ar não se diz de repente, antes sente-se, vive-se
e damos por nós a sorrir aos planos que ficam na gaveta, foi tão bom sonhá-los e ter agora a serenidade para os largar
damos por nós num lugar tão acertado, mesmo naquilo que sai de fazer das tripas coração, porque I bet we been together for a million years
é absolutamente *fascilante* (citando o meu filho)

da minha infância

apelo a sugestões


sendo que os DVDs do Noddy desapareceram e que apanho seca com os filmes da Barbie, alguém quer deixar sugestões de filmes se faz favor?
obrigadinhas
p.s. não tem de ser necessariamente do calibre "era uma vez", estou apenas a aproveitar para repetir o link tongue emoticon

curtas

o pai goza comigo e ela diz: oh, paiiii!
e eu penso "oh, que querida, a defender a mãe"
o pai pergunta-lhe: o quê?
ela responde: não se goza com as pessoas mais velhas

curtas

2º dia de férias e os meus filhos estão a brincar aos professores

curtas

É bem certo que cada um é como é, e tal, mas eu tenho de desabafar: o Noddy é um sonso.
E uma seca.

curtas

Com a chegada dos meus filhos, em idade escolar, o Acordo Ortográfico entrou na minha vida

curtas

que tipo de mãe és: daquelas que vão roubar chocolates aos filhos depois de os deitar. shiu.
2 ou 3 coisas sobre a escola:

# eu seria uma mãe muito mais feliz se não existissem tpcs

Não é que me custe pôr os meus filhos a fazer os tpc, são responsáveis e nem sequer tenho de os mandar ir fazê-los. O meu filho diz sempre que é pouco – “São só três fichitas”.
Também não é por achar que as professoras estão a tentar que os ensinemos em casa, é mesmo porque “tem de ser”. Aliás, pedem-nos sempre para não lhes dar as respostas e tentar reduzir ao mínimo a forma como os apoiamos nessas tarefas em casa.

É pelo tempo para brincar, e fazer outras coisas igualmente divertidas, que os miúdos acabam por perder em prol dos tpc

# os meus filhos devem ter as melhores professoras de sempre. Com elas ninguém faz farinha mas também não vão dali sem um carinho. My kind of gals.

Nunca tinha pensado no descanso que é ter uma professora assim. Sinto-me mesmo muito grata por isto.

São amorosas e ferozes, como escreveu uma menina da sala dele “A minha professora é linda e minha amiga, a minha professora ensina-me muitas coisas, a minha professora é muito feroz” tongue emoticon

# já fui a algumas reuniões só de pais e outras com as professoras e os pais e tenho a dizer que fiquei surpreendida pela positiva, sim senhora, nunca pensei

sempre tive das reuniões de pais uma ideia de serem uma espécie de “reunião de condomínio”, mas tenho tido muita sorte até agora, tudo gente muito cordial, uns mais calados outros mais faladores, mas todos participantes, ninguém a armar ao pingarelho

# quem me dera poder escolher uma método de ensino diferente – mas não me perguntem qual que não sei, seria algo em que o potenciar das capacidades dos pequenos não estivesse limitado a este formato tão formal que inventámos

vejo muito potencial na miudagem toda que fica pelo caminho neste modelo de ensino que temos

# que fixe que, sem querer – porque nem sequer pensámos nisso, os meus filhos foram parar a uma escola pública pequena e bastante heterogénea nas “origens” dos alunos

só depois de os ver lá dentro e começar a olhar para o lado me dei conta a sério disto e da sua importância

# não obstante muitas coisas que se podem apontar e que devem melhorar, sempre adorei a escola e revivo agora esta sensação tão boa, porque a minha gente gosta da escola (so far)

Com a água que tem passado debaixo desta ponte, ter as professoras como as nossas aliadas principais de dia-a-dia e encontrar na escola um porto seguro é algo que não tem preço.

O nosso telefone tocou!

Olá a todos,
Esta é a nossa família.
Um sonho tornado realidade com a chegada da Magnólia e do Chaparro Júnior.

Eis-nos num desenho feito pela Magnólia no dia seguinte ao nosso primeiro encontro, em Outubro de 2014.
A Magnólia tem 10 anos e o Chaparro Júnior tem 7 anos (feitos já connosco).
Apreciem a bela imagem, depois vimos deixar-vos um resumo dos últimos meses e segue-se uma corrida a actualizar-vos com fotos de tipo gato-escondido-com-o-rabo-de-fora e textos que fomos escrevinhando.
Até já!
Cipreste e Chaparro, muito orgulhosos



quinta-feira, 25 de junho de 2015

Nós e este blog

Na primeira pessoa do singular
Cipreste, porque afinal sou a mais faladora deste blog :)

Escrevo este texto no rescaldo de grandes eventos nas nossas vidas e da vontade de escrever sobre esses e outros assuntos.

Escrevo este texto porque é uma coisa que eu faço: escrever textos.
Não me estou a justificar, estou a fazer outra coisa que faço amiúde: questionar-me.
Enquanto escrevo, tenho ideias já formadas, formo ideias novas, mudo de ideias, transformo certezas em incertezas e vice-versa. São as minhas ideias e as minhas opiniões e é tudo parte de um processo dinâmico. Aceito e assumo mudanças de perspectiva. Não tenho intenção que alguém viva sob os meus princípios. Aceito opiniões respeitosas. Aceito discordar. Aceito críticas e sugestões. Não aceito imposições e não tenho muita paciência para pessoas que revelam não estar disponíveis para sair das suas zonas de conforto e olhar outros cenários. Detestaria que toda a gente fosse como eu, gosto que o mundo seja diverso. Estou nisto como no resto, com uma ética de vida que pressupõe fazer o bem (seja lá o que isso for, não é?). Os efeitos de quem venha tresler são da inteira responsabilidade de quem o faça.

Este texto serve também para organizar ideias sobre privacidade e partilha.
Não gostando muito de epítetos, mas de forma a facilitar a expressão, digamos que sou uma pessoa extrovertida e muito aberta, gosto muito de conversar, adoro conversar, adoro relacionar-me com o outro. Isto não faz de mim uma pessoa que não goste de estar sozinha: eu gosto – muito – de estar sozinha e não me rodeio de pessoas para mascarar inseguranças e outras dificuldades que uma psicologia de almanaque pretendesse diagnosticar.
Portanto, sou uma pessoa extrovertida e muito aberta, gosto muito de conversar, adoro conversar, adoro relacionar-me com o outro, mas isso não faz com que tudo o que partilho seja tudo e o todo sobre mim e sobre a minha vida, nem quer dizer que o que se possa ler escrito por mim, na primeira pessoa, permita um conhecimento de mim, da Cipreste. Acima de tudo, o que me importa é assumir tudo o que escrevo aqui perante os meus. Uma vez mais, não, não me estou a justificar por expôr pormenores e pensamentos, estou a fazer outra coisa que faço amiúde: questionar-me. Quem sabe um dia algo me leve a mudar de ideias (lá está) e decida ser imperioso apagar isto tudo.


Na primeira pessoa do plural
Posto isto, este texto serve também de explicação e apelo.

Explicação - estas pessoas que poderão ler aqui também somos nós mas não é tudo sobre nós, falta aqui a pele, o olhar, a voz e tanto mais. O que poderão ler aqui é apenas uma parte das nossas vivências e ideias, tirar daí conclusões sobre as nossas pessoas será porventura precipitado e decerto incompleto.

Apelo - acaso consigam, através da leitura de eventos ou das imagens aqui partilhadas, identificar-nos, por favor, não revelem publicamente a nossa identidade porque:
- Alguém pode ter a veleidade de fazer a confusão que tentamos evitar com a explicação dada sobre achar que fica a saber tudo sobre nós e as nossas vidas
- Se escrevemos aqui de forma anónima é porque é assim mesmo que desejamos estar aqui ;)
- Existem situações específicas e sérias que exigem que nenhum de nós esteja identificado

Somos pessoas que escrevem. 
E assim se vai alimentando este blog, um texto de cada vez, uma reflexão de cada vez, uma partilha de cada vez.
E o nosso desejo para com quem está aí desse lado é que desfrutem. Se assim o desejarem, conversem connosco, partilhem de volta com outras experiências, etc.
E, se por um acaso nos identificarem, venham dizer-nos olá :) Pode ser através do endereço odiatesejalimpo@gmail.com ou através dos contactos pelos quais nos conhecem ;) Acima de tudo, pedimos-vos discrição.
Obrigado,
Esta família de árvores

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Queremos regressar

Olá,
Estamos a tentar encontrar a forma mais confortável para regressar:
sim, já somos pais, pais muito felizes e orgulhosos.

Já cá voltamos para apresentar a nossa descendência.
Até já. Ou até logo.
Tenham paciência.
Agora fazemos tudo mais devagar.

Um abraço,
Cipreste e Chaparro


edit: ao publicar o post, percebemos que passam exactamente 8 meses desde a última vez que cá estivemos... ena!